Charlie Watts sempre foi um baterista atípico. Com sua postura anti-rock star, vivia fugindo dos holofotes e das extravagâncias geradas pelo estilo de vida rock n’ roll, focando sempre em sua batida implacável que virou referência para inúmeros bateristas. Charlie Watts se tornou o motor dos Rolling Stones, trazendo swing e groove para as canções da banda com seu modesto kit de bateria, se consolidando como uma verdadeira lenda.
Marcando presença no time de bateristas da Belas Letras, chegou a hora de entender a importância de Charlie nos Rolling Stones com o lançamento Charlie Watts – Sympathy for the Drummer. O livro, escrito pelo jornalista e também baterista Mike Edison, explica por que não existe Rolling Stones sem Charlie Watts. A postura centrada e discreta do músico abre espaço para sua heroica performance na bateria, fazendo história com seu kit modesto e sua batida insolente. A obra ainda passa por momentos pontuais de outros gêneros musicais como o jazz, punk, blues e outros.
Separamos 3 experiências que Charlie Watts viveu com os Rolling Stones
1 – Festa na Playboy? Prefiro Pinball
Charlie Watts sempre foi conhecido por não seguir o padrão dos rockstars e fugir dos holofotes e das extravagâncias que o estilo de vida costuma exigir. Um dos pontos altos de sua indiferença pela baderna foi quando os Rolling Stones foram convidados para uma festa na mansão da Playboy, e, enquanto seus colegas de banda se acabavam se drogando e exercitando seu lado mulherengo, o baterista simplesmente passou a maior parte do tempo jogando pinball. Quem precisa de drogas e mulheres quando se tem um pinball, né?
2 – Gravando na Jamaica por culpa de Keith Richards
Ser colega de banda dos Stones era algo ingrato às vezes, principalmente com parceiros que colecionam problemas com a justiça. Charlie Watts e companhia tiveram que gravar o álbum Goats Head Soup no Dynamic Sound Studios em Kingston, Jamaica, já que os problemas de Keith Richards com a Justiça causaram a expulsão do músico de nove países, deixando poucas opções que aceitassem sua presença.
3 – Briguem, mas não acabem com meu casaco
Mick Jagger conseguiu tirar Charlie Watts do sério quando ligou no quarto do músico e perguntou “Onde está meu baterista?”. A pergunta resultou em um gancho de direita do baterista dos Stones, que fez Mick Jagger voar sobre uma travessa de salmão defumado e ir em direção a janela aberta que dava para o canal abaixo do hotel. A cena divertiu Keith Richards, até o músico perceber que Jagger estava usando o casaco que o guitarrista usou em seu casamento.
Keith então jogou Jagger de volta para o quarto, mas Charlie queria partir para cima do vocalista novamente. Keith acabou apartando a briga, insistindo que não queria perder seu precioso casaco. Podemos dizer que um casaco salvou os Stones.
“Charlie Watts – Sympathy for the Drummer” traz essas e muitas outras experiências malucas e inusitadas que Charlie viveu com os Rolling Stones. Saiba como é ser um ant-rock star na maior banda de rock de todos os tempos.
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